Eu sentada no vão da porta.
Os cabelos presos em um coque mal feito.
As unhas lascadas, o esmalte roído.
A camisola molhada, de lágrimas e das vezes que assoei meu nariz nela.
A maquiagem (suave, como você gosta) borrada.
Os olhos inchados de tanto chorar.
Olho para o relógio.
Você disse que já estaria nos meus braços há três horas.
Três horas, meu amor. Não estou exagerando. Você falou.
Imagino o que você está fazendo.
Se ri, se bebe, se flerta, se dança. E eu choro. E choro mais só de imaginar.
Eu sentada no vão da porta, espero você chegar. Odeio você. Odeio o que você faz comigo. Odeio o que me faz sentir.
Mas me odeio mais ainda por permitir.
Qual é, afinal, a diferença entre nós dois?
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
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