segunda-feira, 5 de setembro de 2011

transcender (2)

Eu sempre soube
Que eu era o trampolim
E tu eras a piscina.

Achei que eu fosse
Meio de transporte;
Achei que eu fosse
Até esporte olímpico
Mas eu era diversão.

A piscina sempre cheia,
De água e de amigos
E quando esvazia
(de um ou de outro),
Sempre enche de novo.

E assim tu, que nem pretendias,
Era o centro do meu mundo.
Era um motivo pra eu existir.

Mas trampolim sem piscina
Tem sentido limitado;
Não existe.
Resiste.

Piscina sem trampolim
Não é deixada de lado
Não deixa niguém triste.
Persiste.

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