segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

eu tinha perdido mas achei

Eu gosto de vento no rosto
Mas o vento
Sempre bagunça meu cabelo.

Ainda assim, sempre que eu entro no ônibus, procuro um lugar que seja junto à janela, para ali fechar meus olhos e pensar. Ou não-pensar, deixar de ser.

Eu não entendo gente que fecha a janela, como se ficar com o cabelo bagunçado fosse ofender algum tipo de ordem social.

Eu gosto de vento no rosto
E o vento
Sempre bagunça meu cabelo.
Eu deixo ele bater
Rebater
Deixo mexer
Remexer
O meu cabelo.

Vem soprar o meu rosto?

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