quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

... e se eu pudesse chorar
choraria agora

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Resoluções do chá das cinco

Slaughter pain
Extinguish yours fears
Make none remain
- then you'll shed no tears

Viva com toda a alegria,
Sem pensar em tristeza,
Sem pensar "eu poderia"
- só enxergando a beleza...
já que o teu quadro tu pintas
- o mundo só te dá as tintas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bookends - Simon and Garfunkel


Time it was, and what a time it was, it was

A time of innocence, a time of confidences

Long ago, it must be, I have a photograph

Preserve your memories, they're all that's left you
Se você é uma garota, não finja ser um garoto que entende as garotas. Nunca convence.

pronto!

Prioritariamente, preciso parar de te amar.
A princípio, priorizo o pré-juízo que tenho de protoistórias de amor.
Prendo-me, precisamente, por pertencer a ti.
Perderia a vontade de fazer do jeito certo, não pudesse prever que somos predestinados a ser...

(a)

Vivam sem saber, afinal, da grande verdade. Da verdade aniquiladora que vos seria revelada, se por ela estivésseis interessados.
Moer-lhes-ia a carne saber que tudo neste mundo, desde o mais reles ser à mais complexa sapiens-sapiens-teconlogia não passa de um bocado de

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

destino: excerto

não há cravo que não queira ser rosa.
que não sonhe com o jardim ao lado...

e eu vou morrer cravo!
um cravo de vida desgostosa...
(ah, mas um cravo resignado!)

eu só sei andar de lado

eu não quero falar de nada.
eu crio frases desconexas que não levam a nada.
eu não vou mais construir

eu quero mesmo é ser o pai do caos

EU, o caos.

m'ista bothereando

Cão que ladra não morde, como o garoto que diz que sim, mas não pode.
Ninhada de espanadores; mordem-me os pés, deslizam por todos os lados - alguém chame a minha mãe!
Ácida gota de gosto do qual gosto e repito num só instante todo o feito, mas o efeito é rarefeito - pelo jeito, fui pelo ralo - ah, é disso que eu falo! A viagem acabou, e o que sobrou foi o meu pé, bem firme no chão, ou...

Riqueza, que beleza, posta na mesa! Salada de palavras que eclodem e brotam no chão do quarto, um infarto! Assim me mato; pra estar de fato do lado do meu prato, que me acolhe e me colhe - me recolhe. Carambola que rebola, cebola não rima, mas não amola, eu faço sem cola!
Olha nos olhos de quem te fala e vê se te ama.

Fios, muitos fios, fios desencapados, fio de todas as cores e modelos; fios de cabelos.
Maçãs rechonchudas, vermelhas e sorridentes; maçãs de rostos, mostrando-me os dentes.
Plantas, são tantas tantas - eu nunca sei qual é; planta do teu pé.
Batata, batuta, milonga chorona, saída dos fundos.

NÃO TEM PÉ NEM CABEÇA. Não vai de ré nem depressa.
Desiste, eu não te quero - não esse amor, assim tão austero.
Blablablá, eu vou é me deitar; quando sair, fecha a porta e desliga o ar.
Eu quero é liberdade. Concede-me? (ou me vais tentar cegar a vida toda?)

Blueberries, carrossel; blueberries, quero mel.

ladies

Eu nem sempre vou entender - nem nunca entendi.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A Razão

Nascido nas profundezas das mais escuras emoções; criado no seio da insegurança. Teve suas feridas lambidas e curadas por feiticeiros e magos pouco confiáveis. Teve a sorte lida por velhas bruxas e ciganas inimaginavelmente assustadoras.
Gostava do seu quarto, com suas cortinas fechadas e suas músicas ecoando na solidão. Gostava da chuva, das nuvens, do vento e tudo mais que fosse destrutível ao homem. Sentia o veneno da natureza em cada tormenta, e deliciava-se com essa pequena sintonia.
Era ele próprio um tanto quanto nocivo aos seus semelhantes. Odiava-os, amava-os e então odiava-os novamente. Inconstante, mas sempre pleno, sempre pleno...
E, pleno assim, entregou-se a cada conversa, a cada toque, a cada momento, como se todos fossem parte da plenitude da sua existência. Adoecia plenamente, mas se recuperava ainda mais plenamente. Apaixonava-se, desapaixonava-se. Aprendia, ensinava. Era ele o que fazia.

Discordou plenamente de tudo e de todos, até dos céticos, dos "do-contra", dos niilistas, dos metódicos, dos anarquistas... Discordou de si mesmo todas as vezes. Decidiu, patético, ser menos consistente, aceitar o fato de que a sua opinião era uma formação em constante evolução e desenvolvimento. E assim foi.

Um dia achou que se entendia; e enganou-se - mas desenganou-se. Não se compreendendo, trancou-se. E onde está o maldito aborto, senão na escuridão do seu quarto, com as cortinas fechadas e sua música ecoando na sua mente confusa...
Queria o céu e o inferno. Viveu os dois.

If you don't like things you leave for some place you've never gone before

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

eu não me basto

O que eu sei é que um dia foi grande, então dormiu e agora pode ser acordado, como se hibernasse calmamente, esperando que o destino faça a sua parte e coloque as peças certas no caminho. Ou esperando que façamos nosso destino e sejamos as peças do nosso jogo.
Eu entro, arriscando tudo em uma carta, dando o melhor que puder.
Eu entro com o que sei, que é doar e receber. Eu entro com meus olhos abertos, com meu coração e com muito pouco da minha mente. Para que pensar se posso sentir e ver? Observar e não inferir, apenas sentir, é um desafio; mas é um ideal, é um fim. Eu sou um ideal, eu sou um fim. Tu és um ideal e um fim. O meu ideal, o meu fim. Eu quero. Eu quero. É bastante. Mas é o bastante?
Got to get you into my life.

Joia e Travesseiro

Há quantas eras é o teu rosto que ilumina meus pensamentos?
Quantas vezes já cerrei meus olhos pensando em ti...?

Eu não quero mais nenhuma inspiração, eu quero é inspirar a tua alma. Quero respirar o teu ar. Trocar arfadas quentes de ar, tão juntos quanto permitido. Quero sentir o calor da tua pele, tocando e trocando com a minha. Quero ver teu olhos fechados, bem apertados, desejando que o momento nunca acabe. Eu não quero nada menos que tudo. Mesmo que não seja para sempre. Mesmo que não tenha fim.
- eu quero.

desembestado

Instinto é algo engraçado. É estranho sentir-se sujeito a um impulso animalesco e brutal, assim repentinamente. Pulsar em determinado ritmo devido a uma imagem, a um aroma, a uma presença, a um novo ideal. Querer algo novo, diferente, uma dúvida boa em detrimento de uma certeza razoável. Eu troco. Eu troco a invariabilidade de uma certeza razoável pela possibilidade remota de um desfecho magnífico. Todo dia!
É lamentável a minha ineficiência em me manter no mesmo trilho por mais de dez minutos.
É lamentável que eu mude de ideia a cada instante.
Mas é extremamente desafiador, não?