quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

questão de linguagem

Eu quero criar!
Que sejam não-rimas, não-canções, não-histórias, não-negações. Que não tenham fim nem começo, que durem para sempre ou um segundo.
Que durem o tempo de serem entendedidas. Que não sejam entendidas!
Que morram no princípio da sua existência - ou que existam somente para quem quer vê-las.
Não precisam significar nada para quem não quer enxergar seu significado.
Eu preciso criar, não necessariamente criar algo belo, palatável ou compreensível. Eu preciso criar bolhas de sabão, que estourem e ecoem na minha consciência inconstante e que façam todo o sentido para quem quer que nos tenha colocado nessa vida, Deus, Diabo, Natureza ou Estatística - não importa, ele entenderá.


Óperas, cânticos, teatros, romances, crônicas, filmes, quadros, esculturas, fotografias, pornografias - nenhuma linguagem vai conter as palavras que eu quero dizer.
- eu vou é falar através do amor.

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