sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

salada mista (beija! beija!)

Hoje não tenho vontade de rimar
De buscar termos similares ou de inventar musicalidades
Eu vou escrever um verso torto só pra dizer quem sou eu (hoje)

Eu acordei com sono, dormi e acordei
Eu morri três vezes ainda antes de almoçar (duas de calor, uma de ciúme)
Mesmo assim, tive as chances, as palavras e o tempo - mas não tive a vontade
Mantive-me no nível que me propus
Estagnei e sofri as sanções que lhe pareceram apropriadas e aplicáveis
Contra a minha vontade, me prendeste a ti, mesmo que de longe, mesmo que sem querer, mesmo que só com palavras
Vai pro inferno, maldição; não te quero, quero antes a liberdade dos meu livros, das minhas músicas e da minha mente.
Quero antes a liberdade de nada querer.
Quero nada, tudo, ninguém e todos. Quero poder querer e desquerer.
Gostar e enjoar. Gostar de desgostar. Sem nunca desgastar, mantendo tudo pleno e colorido.

Sendo franco, poesia confessional rima apenas com mentira recalcada
Eu prefiro mentir sem vergonha e contar uma história

(agora tive um déjà vu, fiquei com medo, e resolvi parar de brincar de Deus)

Nenhum comentário:

Postar um comentário