sexta-feira, 1 de abril de 2011

botas de garota de botas

Onde deixaste tuas botas,
Ó gato do telhado?
Aquele par que tu gostas.
Que nunca deixas de lado.

Terá sido numa lata de lixo;
Traindo a raça dos gatos,
Brincando com outros bichos;
Tão distraído que até esquece o sapatos?

Terá sido na casa de dona Margarida,
Que te dá um prato de leite,
Outro prato de comida,
E te deixa lá de enfeite...?

Acho que na casa de outro gato-tenor;
Não adianta esconder!
- a noite inteira a compor
Músicas e miados de prazer...

... procura bem em toda a rua
Tuas botas de cano alto.
Me dói menos que as encontre na tua
Que na cama de outro gato.

(e um dia tu me chamas
para olhar embaixo da minha cama;
o couro da bota reluz e debocha
do meu ciúme da tua galocha)

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