segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por quê?

Você lê, relê, talvez goste ou desgoste. Talvez não ache nada. Mas está aqui, quase fielmente. E (isso é uma tendência) não entende do que diabos eu falo e por que eu falo. Acho que devo uma explicação, ou, mais provavelmente atingível, uma confusificação. Acho ainda que o formato mais adequado e fácil de compreender é uma de uma entrevista, ou de um FAQ. (eu tô rindo alto com a minha pretensão)

Por que o nome atual e por que o nome anterior era tal, e por que ele foi trocado?
Primeiramente, o nome (atualmente) deste espaço é "The fool's hill". Digo isso porque ele pode mudar a qualquer instante, sem aviso prévio. É uma referência completamente óbvia a The Fool on the Hill, dos Beatles. Acho que, de certa forma, eu sempre me senti um pouco aquele tolo solitário referido na música. E, de certa forma, ninguém me escuta, ninguém se importa em não entender o que eu digo, ninguém parece se importar em fingir gostar de mim, e eu não consigo dar muita bola pra isso. Eu acredito no que eu cultivo e eu cultivarei por muito tempo.
Anteriormente, o blog se chamava "La lluvia", o que remetia à minha identificação com precipitações pluviais, nuvens e coisas do tipo. Eu me sentia um pouco espalhado pelo universo, como uma rede que colhia muitas coisas de muitos lugares - e que eventualmente jogava tudo de volta, digerido e recomposto, em pingos refrescantes.
Como eu ando um pouco introspectivo, autista e menos incomodado com o que se pensa por aí, me voltei pro meu lado fool on the hill e estou feliz com isso.

Por que a frase abaixo do nome?
A frase é "Eu quero é que o meu canto torto, feito faca, corte a carne de vocês". A autoria dela é do Belchior, mas eu me adonei dela e tomei a liberdade de mudar um pouquinho (mas sem tirar o contexto). Acho que ela reflete bem o meu objetivo ao escrever, falar, cantar, declamar...

E qual é esse objetivo?
O objetivo de tudo é causar uma reação introspectiva. O real objetivo de eu escrever qualquer coisa é querer que quem leia chegue a alguma conclusão. Não a conclusão que eu cheguei, ou que eu espero que ela chegue - mas a sua própria conclusão, embasada nos seus contextos e na sua subjetividade.
Eu busco, modestamente, causar um mínimo de comoção, um mínimo de emoção, para despertar algo dentro de qualquer um. Busco atingir o potencial de ação de algum leitor atento.

Então o objetivo é simplesmente "tocar" as pessoas? A beleza estética não é um objetivo?
Pode-se dizer que a beleza (ou o que eu considero belo), ou a proximidade da beleza pode ser encarado como um atalho até os sentimentos de uma pessoa. Mas ainda assim, o objetivo é penetrar nas muitas camadas que compõem um ser pensante e culturalizado e aitingi-lo no âmago na questão, se permite a linguagem bizarra.

E quando isso acaba?
No dia em que eu cansar. O que deve demorar.


Em caso de dúvidas, entre em contato. Ou fique com as dúvidas.

Um comentário:

  1. "...But the fool on the hill sees the sun going down...and the eyes in his head see the world spinning 'round..."

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