terça-feira, 11 de maio de 2010

autocrítica forçada

quando sair, vou bater a porta;
virar a chave com força,
deixá-la torta.

vou embora pela rua
sem olhar pra trás,
sem lembrar que já fui tua
- que se faz?

tomo o trem
que me leva pro além;
além do ir embora,
me leva para fora;
para fora do teu ser,
onde não possas nem me ver

me enganaste, e duas vezes.
como cega acreditei
nas mentiras que contaste:
não percebia o contraste
entre o que acho e o que sei;
te amei:
achei que estava livre,
mas eu me via enjaulada.

enfim,
some da minha mente
desiste de ser gente
tu és mau

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