Conte-me do seu dia, fale mal do chefe, do professor, do cobrador do ônibus. Reclame do preço do arroz, do formato das portas, do jeito como as pessoas sempre nos julgam, do gosto da comida do restaurante barato onde você almoça todos dias... Desconte em mim todos os problemas do dia, da semana, da infância e das vidas passadas. Diga quão mau seu pai era, como sua mãe não deixava você repetir a sobremesa, ou como seu irmão sempre bateu em você...
Esteja braba, furiosa, irritada, e me conte tudo. Fale, fale, fale muito. Mesmo que braba com o mundo, com o cabeleireiro e com o seu ciclo, me conte tudo que puder.
Não pare de falar! Se acabarem os seus assuntos, fale de futebol, de política, de religião, de economia - mesmo que não entenda nada de nada.
Apenas peço que me perdoe por não me deixar contagiar com tua irritação - eu só quero mesmo ouvir tua voz...
quinta-feira, 25 de março de 2010
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