É o fim. Pé no chão.
Acabou meu suplício.
Hei de ser sempre eu, sempre tão
Diverso do início.
Pelo sim, digo não,
Não trabalho com isso;
Com um sim, ou um não
Caio no mesmo abismo,
De uma rima que não rima,
Uma pedra lascada,
Que de tão torta e de tão má me corta os pulsos, as veias, e logo o coração.
Não me diga nunca "não",
nunca "não haverá razão
para eu mentir
que eu gosto de ti,
se gosto é de sofrer
na mão de quem me joga pra cima"
feito boneca de pano, que de bela se guarda, mas que de usada não se ama - como se fosse mais nova.
Rima torta, essa rima não rima
Vou pé, de joelhos,
Vou pagar a promessa;
O que pedi, lá no alto do morro, foi que me amasse e me fizesse feliz para sempre;
de todos os jeitos e a todo momento,
ou que me deixasse de vez.
(e eu te deixei, foi de vez)
A minha rima não rima, o meu carro não pega, a minha mãe que não chega, e o feijão só aumenta. a comida tá pronta, então cadê minha rima...?
essa carta era pra ser tão curtinha, tão singela; era minha e era bela, mas no fim o que eu tinha era dela, e agora só me resta, só me resta, só me resta, dessa vez, te chamar de rainha... e te chamar de cadela.
e esse fim que não chega? mas um final eu deslumbro! uma moral, ali escrita no muro; de batom, de marrom; pra geração que vier... comer o amor de colher.
moderno é amar. de novo. e de novo. e daí é que acaba. e recomeça.
de rima tão torta e aguda, eu sou sempre diferente. o dia troca, a gente muda.
segunda-feira, 15 de março de 2010
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